Jardim sensorial

Atividade – JARDIM SENSORIAL – DESPERTANDO SENTIDOS

Descrição/Justificativa:
Os conhecimentos adquiridos no ensino formal, apesar de serem vistos pelas pessoas como a sua
conexão com a realidade do mundo e o caminho para sua formação, não atraem a atenção necessária
das crianças e jovens, ocasionando dificuldades no domínio dos conteúdos dos componentes
curriculares pelos estudantes. Esta situação é agravada quando estão inseridos nestes espaços
estudantes que apresentam alguma deficiência ou encontram-se em situação de vulnerabilidade. Tal
fato pode decorrer da forma como os conhecimentos são repassados e exigidos dos estudantes. A
utilização de espaços não formais de aprendizado pode auxiliar neste processo. De acordo com
Rufino e Miranda (2006) todos podem aprender desde que os professores saibam ensinar. O mesmo
se aplica nos espaços destinados a atender especificamente pessoas com alguma deficiência ou em
situação de vulnerabilidade. Atualmente a rede municipal de ensino do município de Rio do Sul
conta com cerca de 280 crianças com diagnóstico de algum tipo de deficiência e que frequentam a
escola formal do primeiro ao nono ano e que necessitam de estímulos/espaços diferenciados para
conseguirem desenvolver suas habilidades. Situação semelhante é observada com as crianças
atendidas pelo Lar da Menina, uma instituição que abriga cerca de 100 crianças que foram retiradas
temporariamente das famílias de origem. Neste contexto, percebe-se uma grande carência na oferta
de espaços não formais de aprendizado para poderem ser explorados pelos profissionais da área da
educação com objetivo de estimular o desenvolvimento destas crianças.

Objetivos:
Geral: O objetivo do trabalho é disponibilizar um espaço para aplicação de metodologias
pedagógicas alternativas (uso de animais e jardim sensorial) no processo de aprendizagem e
desenvolvimento intelectual, humano e social das crianças com deficiência ou em situação de
vulnerabilidade do município de Rio do Sul. Específicos: Utilizar um jardim sensorial como
ferramenta pedagógica; Utilizar animais como ferramenta pedagógica; Avaliar a funcionalidade das
atividades pedagógicas alternativas no desenvolvimento pedagógico, social e humano das crianças
com deficiência ou em situação de vulnerabilidade de Rio do Sul; Proporcionar um espaço aos
bolsistas do PET e comunidade acadêmica de exercitarem a prática da extensão; Promover a
inclusão social por meio de uma atividade social inovadora.

Como a atividade será realizada? (Metodologia):
Este projeto envolverá as crianças atendidas pela APAE e pelo Lar da Menina do município de Rio do
Sul, SC. As atividades pedagógicas alternativas serão desenvolvidas no Instituto Federal Catarinense
– Campus Rio do Sul, unidade sede, no jardim sensorial, em espaço especifico para a realização de
atividades com animais e animais. As atividades serão realizadas sempre nas quartas-feiras. A
instituição disponibilizará o jardim sensorial e os animais para as atividades. Também ficará a cargo
da Instituição a presença de profissionais e estudantes capacitados para acompanhar e desenvolver
as atividades com as crianças. Serão utilizados para atividades com animais coelhos, galinhas,
pintinhos, cavalos e filhotes de ovelhas, sempre de forma alternada a cada semana. O jardim contará
com um conjunto de plantas e materiais para contemplar os sentidos da audição, visão, olfato e tato.
Os animais de pequeno porte ficarão em espaço apropriado dentro do jardim sensorial, para permitir
maior integração possível. Caberá a APAE e o Lar da menina o transporte dos estudantes, bem como
a sua alimentação e a presença de profissionais da educação e saúde para o acompanhamento das
atividades. As atividades serão realizadas na forma de circuito com aproximadamente minutos para
cada criança.

Quais os resultados que se espera da atividade?
Resultados / produtos esperados com a atividade: melhorias para o Curso, para a Educação,
para a sociedade, meios para a socialização dos resultados, publicações, etc:
Para a sociedade espera-se produzir inovação social. Com o desenvolvimento do projeto almeja-se
contribuir no desenvolvimento intelectual, físico e de relações humanas das crianças atendidas pela
APAE e pelo Lar da Menina. O reflexo esperado é a melhor inserção do indivíduo na sociedade,
contribuindo para melhoria como cidadão e como membro de uma comunidade. Espera-se que a
experiência traga aos estudantes do PET, do curso de Agronomia e de toda a instituição a
oportunidade de aprender com as diferenças e observar as diversidades da sociedade. podendo
contribuir com uma inovação social para a região. Para a Instituição, dera-se a oportunidade à
mesma cumprir seu papel social diante a comunidade local, auxiliando a inserção social de uma
parte da população que sofre com deficiências ou que estão em situação vulnerável. Os resultados
serão socializados na forma de resumos e apresentação em feiras, mostras, congressos, seminários
que ocorrem na região e a nível nacional, além da apresentação dos resultados para as instituições
parceiras.

Qual será a metodologia de avaliação da atividade pelo grupo:
A avaliação da eficiência da utilização da atividade como ferramenta pedagógica de
ensino/aprendizagem de pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade, neste projeto,
será realizada por várias ferramentas, são elas: – Observação: A equipe do IFC, do PET Agroecologia,
da APAE e do Lar da Menina, durante o andamento das atividades farão observações, verificando se
as crianças apresentam melhora no seu desenvolvimento tanto intelectual como social. As equipes
da APAE e do Lar da Menina também farão observações do desenvolvimento das crianças nos
intervalos entre uma atividade e outra (durante o dia-a-dia na escola) verificando se os estudantes
apresentam melhora no seu desenvolvimento tanto intelectual, social e humano. Isso será possível
observando seus questionamentos, dúvidas, empenho, comprometimento, curiosidade,
desenvolvimento de habilidades, entre outros fatores que são considerados importantes no processo
de aprendizado e desenvolvimento humano. Os resultados serão repassados para toda equipe
envolvida na atividade. – Roda de conversa: No início das atividades e após determinados períodos
de realização dos trabalhos de utilização do espaço, serão realizadas rodas de conversa entre os
profissionais de todas as instituições envolvidas. Também será realizada a roda de conversa com as
crianças atendidas, com objetivo de deixá-los a vontade para falarem sobre suas experiências
envolvendo animais, plantas, jardins, entre outros, além de suas expectativas a respeito das
atividades. – Roda de conversa entre os estudantes do PET: Serão realizadas avaliações frequentes
da efetividade, dos pontos positivos e negativos da atividade, com objetivo de construir uma ação
inovadora duradoura e de impacto social. Para isso, é fundamental o envolvimento e
comprometimento de todo o grupo.