Produção de mudas nativas

Atividade – PRODUÇÃO DE MUDAS NATIVAS PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E RCUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Descrição/Justificativa:
O aumento da população, da demanda por alimento e por espaços para empreendimentos vem
provocando a degradação dos ecossistemas naturais. Devido à intensidade e à quantidade dessas
intervenções, a população já percebe os inúmeros problemas ambientais que essas degradações
originam. A fim de controlar e regularizar essa supressão foram criadas leis e resoluções que
dispõem os direitos e deveres com o intuito de crescimento econômico junto a proteção do meio
ambiente. A Lei nº 12.651/12 de 25 de maio de 2012 estabelece normas gerais sobre a proteção da
vegetação, áreas de preservação permanente (APP), áreas de reserva legal, exploração florestal e
suprimentos de matérias primas, protegendo a vegetação nativa no país. Nesta Lei foram
determinadas as Áreas de Preservação Permanente, áreas alvo deste estudo, as quais não poderão
ser suprimidas sem autorização prévia do órgão ambiental competente (BRASIL, 2012). Cabe ao
degradador ou poluidor a obrigação de recuperar os recursos ambientais por ele degradado. Esta
recuperação pode ser realizada por meio da Restauração de Área Degradada, a qual traz uma série
de benéficos como: proteção, qualidade e preservação dos recursos hídricos, redução do
assoreamento e a força das águas que chegam aos rios, contribuição com a conservação da
biodiversidade fornecendo alimento e abrigo para a fauna, constituição de barreiras naturais que
atuam no auxílio da disseminação de pragas e doenças, na melhoria da qualidade do ar e na
proteção do solo. Na região do Alto Vale do Itajaí, SC a pressão sobre áreas de APP é constante,
especialmente por trata-se de uma região onde predominam pequenas propriedades rurais e de
relevo declivoso, onde é comum a prática da agricultura ou instalação de empreendimentos nestas
áreas, comprometendo a qualidade ambiental e econômicas destas propriedades e de todo
ecossistema.

Objetivos:
Geral: Coletar sementes, produzir mudas de espécies arbóreas nativas, identificar áreas que
precisem de intervenção e a doação de mudas para a restauração das áreas degradadas no bioma
Mata Atlântica, promovendo a conscientização ambiental. Específicos: Identificar árvores nativas
para servirem de matrizes; Monitorar e coletar sementes de árvores nativas da mata Atlântica;
Produzir mudas de árvores nativas da Mata Atlântica; Identificar áreas degradadas incentivar a
restauração; Realizar oficinas sobre o tema de produção de mudas e métodos de restauração de
áreas degradadas para produtores e estudantes do curso técnico em agroecologia e agropecuária e
do curso superior em Agronomia.

Como a atividade será realizada? (Metodologia):
O projeto será desenvolvido no Instituto Federal Catarinense – Campus Rio do Sul e em propriedades
rurais da região do Alto Vale do Itajaí, SC. Para realização das atividades, o projeto será dividido em
três etapas: 1ª. Etapa – Coleta de sementes de árvores nativas da mata Atlântica e produção das
mudas: Nesta etapa será realizada a identificação de árvores nativas do bioma Mata atlântica com
potencial para servirem de matrizes. A identificação será realizada em áreas do IFC – campus Rio do
Sul e em propriedades rurais dos bolsistas do PET Agroecologia Rural Sustentável, uma vez que
grande parte dos mesmos residem em propriedades rurais. A identificação será realizada com
incursões na mata e observação das plantas. Após a verificação da potencialidade das árvores, as
mesmas serão identificadas quanto ao nome científico e comum. Na sequência, será realizada a
coleta das sementes das árvores identificadas na fase de maturação. Após a coleta, as sementes
serão limpas e semeadas em embalagens apropriadas ou em sementeiras. O substrato utilizado será
de composição totalmente orgânica. As mudas serão produzidas no viveiro do IFC – Campus Rio do
Sul. Ao total deverá ser produzida no ano de 2022 aproximadamente 400 mudas. As mudas também
serão classificadas como pioneiras, intermediárias e clímax de acordo com sua fase de ocorrência na
sucessão florestal. 2ª. Etapa: Esta fase será caracterizada pela identificação de áreas degradadas
com potencial de restauração em áreas do IFC e propriedades rurais da região do Alto Vale do Itajaí,
SC. A identificação será realizada por intermédio da observação. Após a identificação, será realizado
contato com os proprietários das áreas, verificando o interesse em realizar o processo de
restauração da área. As áreas prioritárias de restauração compreendem as áreas de Preservação
Permanente (APP) como o entorno de nascentes, margens de rios e lagos, margens de escarpas e
áreas declivosas. As áreas serão avaliadas e medidas para cálculo de número de mudas e escolha
das espécies. Também será fornecida orientação das técnicas de plantio e manejo das plantas para
garantir o estabelecimento das mesmas nas áreas. 3ª. Etapa: A partir dos trabalhos propostos nas
etapas anteriores, serão organizados oficinais e minicursos sobre o tema de restauração de áreas
degradadas, oferecidos aos estudantes dos cursos técnicos em Agroecologia e Agropecuária e
Agronomia do IFC – Campus Rio do Sul. As oficinas serão ofertadas durante a Semana Acadêmica da
Agronomia ou em outros momentos organizados com a gestão pedagógica do campus.

Quais os resultados que se espera da atividade?

Resultados / produtos esperados com a atividade: melhorias para o Curso, para a Educação,
para a sociedade, meios para a socialização dos resultados, publicações, etc:
Com a metodologia utilizada esperamos identificar plantas do bioma mata atlântica que possam
servir de matrizes para coleta de sementes nativas, além de garantir a produção de mudas no viveiro
florestal do IFC – Campus Rio do Sul, para que tais mudas possam estar disponíveis no emprego em
projetos de restauração de áreas degradadas ou enriquecimento de florestas. Esperamos contribuir
na capacitação de estudantes e agricultores sobre as técnicas de manejo que podem ser empregadas
na restauração de áreas degradadas, além de contribuir na conscientização da importância em
manter preservadas ou recuperadas as áreas de APP. Permitir que os bolsistas do PET Agroecologia
Rural Sustentável e demais estudantes do IFC envolvidos no projeto possam experimentar a prática
da extensão junto aos produtores rurais, bem como ao IFC ser protagonista em trabalhos que
envolvam a preservação ou restauração de ambientes degradados na região.

Qual será a metodologia de avaliação da atividade pelo grupo:
A avaliação da atividade será realizada periodicamente, especialmente nos momentos de
socialização das ações realizadas bem como dos resultados obtidos no grande grupo do PET. Para
isso serão levados em consideração a qualidade dos resultados obtidos, a aplicação prática dos
resultados, a viabilidade da atividade e a contribuição na formação do estudante para vida
profissional. Também será constantemente observado a atuação dos petianos e o alcance da
atividade proposta junto a comunidade acadêmica e geral, em especial os agricultores da região
para que se conscientizem da importância da restauração e preservação das áreas de preservação
permanente.